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terça-feira, 26 de abril de 2011

Mudando Paradigmas V: "O Planeta sem o homem"

Continuando a detonar paradigmas sobre nossa visão tosca do Planeta Terra e do mundo que nos rodeia, é sempre bom lembrar que o Planeta vive sem a humanidade de sua superfície, porém, essa humanidade não vive sem o Planeta.

Por isso vou postar aqui um documentário que assisti ontem: “O Planeta sem o Homem”.

Imagine que o Ser humano de uma hora para outra seja retirado do planeta. Seu destino ou o que aconteceu com essa nossa raça não interessa, quem sabe retrocedeu e foi levado para o Kitú, Niribú... Ou sei lá quantos nomes possamos dar para outro planeta que se preste a esse sacrifício. O que importa é esse exercício de imaginação feito nesse documentário baseado em dados científicos. .

O documentário segue uma linha de tempo explicando o que aconteceria nos primeiros meses até 10.000 anos.

É impossível assistir sem fazer questionamentos. Eu não consegui tirar os olhos do monitor e mil perguntas surgiam a partir de algumas cenas. Ao final me veio uma crucial: "Já aconteceu igual?" Não com esse desaparecimento mágico, mas provocados por outros fatores como as movimentações tectônicas... E  até que ponto essas outras civilizações não tinham conhecimentos maiores do que imaginamos e que se perderam?

Apenas, diferente do que aconteceria conosco que armazenamos informações em materiais facilmente desgastado pelo tempo, ainda sobraram alguns vestígios escondidos em camadas de terra e vegetações, além de informações sabiamente gravadas em pedras com sinais e desenhos fáceis de serem decifrados por qualquer ser com o mínimo de raciocínio que são consideradas formas primitivas de comunicação!!! Receber os 10 mandamentos em uma pedra...  Não seria um recado subliminar? Sobreviveria mais tempo que digitos..rss.. Bem, não vou viajar na maionese...rs A imaginação vai longe quando se ocmeça a especular sobre essas probabilidades.


Olha o Foco, Sandra.

Voltemos ao documentário que tem muitas informações e questionamentos. E cada qual com o seu.
Só comentando que um exemplo que nos dá dessa regeneração natural é quando mostra a maravilhosa recuperação que está havendo na área isolada de Chernobyl, depois de 20 anos (o documentário é de 2006) sem a intervenção humana... Bem, não vou ficar contando, é só acessar e assistir.

Vale a aula.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Amada irmã Terra, que a força te mande coragem.


drops of life, from Sikkim  series 1924 - Nicolas Roerich
Hoje é o dia da Terra, como se os outros não o fossem.

Dia desse amado Globo que nos sustenta em sua superfície enquanto navega na órbita de um sistema que o mantêm... Uma cadeia infinita, desconhecida dessa raça humana que pouco sabe e pouco quer aprender de todas as lições que lhe são dadas; insistentemente.

Procurei em meu coração palavras para mais essa conversa contigo, amada Irmã Terra.

O que posso dizer ? Que aprendi a te ver como uma Irmã quando entendi a relação de São Francisco com o Irmão Sol e a Irmã Lua!

Dessa relação aprendi que somos todos seres em transformação contínua, evoluindo e migrando para outros patamares desconhecidos. Evoluímos na medida que nos doamos à evolução do próximo reino e nessa fraterna ligação e colaboração nos tornamos o que chamamos irmãos.

Uma irmandade cósmica onde um sustenta o outro num equilíbrio perfeito. E assim Irmã Terra, entendi que com teu corpo colabora para a evolução dos reinos que a habita, inclusive o humano.

É, amada Irmã, aqui esse equilíbrio foi rompido. Em tua superfície cometemos todos os desatinos e desvarios de uma civilização enlouquecida pela ilusão de que é seu dono e de todos os reinos.

Imagina, se não conseguimos nem ver os da nossa espécie como irmãos e amar uns aos outros como se fossem a nós mesmos, como conseguiríamos ver o chão que pisamos como parte de um corpo também irmão..... Como poderíamos chegar a entender essa tua doação e colaborar nessa fraternidade?

Pobre civilização que não respeita nem o solo que se entrega para a sua vida.!

Amada Irmã, essa tua doação e sangramento insano deve estar elevando tua luz interna. Tua energia se acelera e caminhas para ser um planeta ainda mais iluminado.

Enquanto nós.... Quem sabe em outra orbe, em outro espaço, de longe a olhemos admirados observando sua intensa luz, sentindo no coração uma saudade desconhecida. Aí ficaremos imaginando um dia poder tocá-la sem ter ideia que já a habitamos e quase a destruímos.

Como canta o Poeta Caetano... "Por mais distante, o errante navegante, quem jamais te esqueceria.... De onde nem tempo nem espaço, que a força mande coragem, pra gente te dar carinho durante toda a viagem, que realizas no nada, através da qual carregas o nome de tua Carne... Terra, Terra....".


Amada Irmã Terra, Perdão, pois esquecemos "que gente é outra alegria, diferente das estrelas....".



O Cristo do Amor Divino - um poema/oração para esses dias

Hoje, sexta-feira Santa. Dia de lembrar a Paixão de Jesus Cristo por todos os seres, pelo Planeta, enfim, pela VIDA. Porém, minha lembrança do Mestre Jesus, que recebeu a energia Crística, é diária e não o vejo pregado eternamente em uma cruz, mas sempre com o olhar complacente e sorridente, pois já conhece os mistérios do tempo que tudo transforma. O sinto como uma luz intensa e expansiva, que ainda hoje tenta iluminar os seres desse nosso planeta.

Jesus aqui na Terra encarnou o AMOR, a COMPAIXÃO e a MISERICÓRDIA, ou seja, trouxe essas energias poderosas com toda a amplitude de seus significados para a humanidade.

Poucos conseguiram alcançá-las. Alguns chegaram a esse ancoradouro e absorveram um pouco, mas a maioria nem se atreve, mesmo dizendo que a procura... E elas estão ai disponíveis, quase que intocadas. Talvez porque sabemos o quão transformadoras elas são...  Novamente, quem quer mudar?

Deixo um belo poema em forma de oração retirada do livro Maha Gita Purusham do Bem-Aventurado, de Sri Maha Krishna Swami

O Cristo do Amor Divino


A todo instante
Nasce Jesus no coração de cada ser,
No lado direito do peito.

Ele é a Luz,
A Consciência Absoluta que vem à tona.
Ele é a verdadeira vida,
A Força Suprema que se reflete
Em todos os seres do universo.

Ele é o Supremo Ser,
Que com sua força infinita
Vem iluminar o mundo
Nesta época de inconsciência espiritual,
Para que todos recobrem a consciência do divino,
Para que todos possam integrar-se
Na vida do Cristo de todos os tempos,
Na Luz infinita da Verdade Suprema,
Na força absoluta do Ser,
Na força de todos os Mestres.

Ele é o Cristo dos oprimidos,
Dos que têm fome e sede de justiça,
Dos que sofrem perseguições,
Dos esgotados pelos ciclos de sofrimentos.
O Cristo dos mansos de coração,
O Cristo dos sábios e dos ignorantes,
O Cristo dos conscientes e dos inconscientes.

Ele é o Cristo das esperanças,
O Cristo dos simples,
Dos justos,
Dos compassivos,
Dos limpos de coração.
O Cristo dos pacificadores,
O Cristo da justiça divina.

Ele é o Cristo das crianças,
Da felicidade perfeita,
Do amor divino,
Dos Maha Devas.
O Cristo que nasce na estrebaria,
O Cristo da humilde carpintaria,
O Cristo de José e de Maria.

Ele é o Cristo das semeaduras e das colheitas,
O Cristo do Reino Supremo,
Do caminho direto,
Da intuição pura.
O Cristo da meditação iniciática,
Da devoção que enternece,
Do pão que nutre e sacia.

Ele é o Cristo dos que resplandecem como o Sol,
O Cristo dos apóstolos, das bem-aventuranças.
O Cristo dos pescadores,
Do mar profundo,
O Cristo das ovelhas
E dos pastores.

Ele é o Cristo de João Batista,
De São Francisco.
O Cristo vivo de Simão Pedro,
O Cristo da Comunidade Perfeita.
O Cristo Cósmico,
Dos Maha Yogues,
O Cristo da Luz, do Caminho, da Verdade Suprema.





terça-feira, 12 de abril de 2011

Mudando paradigmas IV: Um pálido ponto Azul - reflexão de Carl Sagan

O astronauta russo, Yuri Gagarin, há 50 anos constatou que a Terra é Azul. Indo na contramão, vou um pouco mais longe, quero lembrar de outra imagem da Terra. Uma imagem registrada pela Voyage no dia 14 de fevereiro de 1990, há 6,4 bilhões de quilômetros de distância, onde o Planeta que habitamos é apenas um “Pálido ponto azul".

Em 1994, Carl Sagan, lançou um livro com esse título, baseado nessa imagem que ele pediu para ser tirada, onde faz uma profunda reflexão sobre nosso planeta. Em 1996, ano de sua morte, em uma conferência, Sagan fez uma belíssima reflexão sobre a  pequenez da Terra vista lá dos confis do sistema Solar.



Um vídeo e o texto

 
 


                                              Texto com a Reflexão de Carl Sagan
"Olhe de novo para esse ponto. É a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem amamos, todos a quem conhecemos, qualquer um de quem escutamos falar, cada ser humano que existiu, viveram as suas vidas. O agregado da nossa alegria e do nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e colheitador, cada heroi e covarde, cada criador e destruidor de civilizações, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, cada criança cheia de esperança, cada inventor e explorador, cada mestre da moral e da ética e cada político corrupto, cada superestrela, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu aí, num grão de pó suspenso num raio de sol.

A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, vieram eles ser amos momentâneos de uma fração desse ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores dum canto deste pixel aos quase indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes as suas incompreensões, quão ávidos de se matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.

As nossas exageradas atitudes, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de alguém que possa nos salvar de nós próprios.

A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há mais algum, pelo menos num futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.

Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza de caráter e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso minúsculo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portarmos mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.".

domingo, 10 de abril de 2011

Falando com a Vida em Ré Maior

Não vou falar do mês passado, nem da semana passada. Era o que ia fazer dentro de uma retrospectiva... e tentava desde ontem, em vão.

Hoje, sentei novamente com essa intenção e minha intuição disse: Siga... Fale com a vida em RÉ MAIOR.


Fiquei pensando o que é isso... Falar com a vida em Ré maior?

Fui procurar por músicas de compositores que gosto e dei preferência aos clássicos, como Mozart e Beethoven. Todas que encontrei em Ré Maior me falaram a mesma coisa:

Eleve! Vá para o alto! Suba para outro ponto! Alegre-se! Vibre! Movimente-se!

Entendi. Aceito e me calo diante do que não pode ser mudado. Mas sigo diante do que ainda pode ser feito.

 
 
Apesar de ter ouvido clássicos para compreender essa mensagem, vou deixar aqui uma música de Oswaldo Montenegro que fala exatamente sobre isso e não é por acaso que o nome é Intuição.
 
 
 
Mas também não posso deixar de lado um Allegro de Mozart, mesmo que ninguém a ouça, está aqui.
Mozart K.284 Piano Sonata #6 in D 1st mov. Allegro
 
 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Colhemos a violência que plantamos

Hoje de manhã quando vi pela TV o que estava acontecendo no Rio de Janeiro, Realengo... Franco atirador em uma Escola, crianças feridas e mortas... Lembrei de imediato do seguinte resultado:

59.109.265 votos rejeitando a proposta que proibia a comercialização das armas e munições (63,94%), e apenas 33.333.045 votaram pelo "sim" a proibição (36,06%).
 Ano 2005. Plebiscito Nascional.

Participei da campanha pelo SIM, foi a última campanha por qualquer coisa da qual fiz parte. Não digo que alguma morte por arma de fogo teria sido evitada caso o SIM tivesse ganho. Isso, não posso saber. O que sei é que naquela votação a sociedade disse SIM à violência, pois as armas de fogo são um de seus maiores símbolos. E como dizem os mais sábios: Quem semeia vento colhe tempestade...Só colhemos o que plantamos.

Mudar é difícil? Porém, esse amargo sabor da tragédia diária está cada dia mais difícil de engolir.

Então pergunto: O que plantaremos agora para colher amanhã? As mesmas sementes? Outras mais amargas?

Perdão. Perdão. Perdão, crianças!!! Pelo pouco ou nada que tenho feito para semear o amor que nosso mundo tanto precisa.

Sowing The Seeds Of Love - Tears for fears



Agni Ioga - Folha dos Jardins de Morya - 182
"O sábio não teme. O milagre vem inesperadamente. Tudo que é novo tem seu significado, e às vezes, um grão é mais importante do que uma montanha."


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma ajuda quântica para entender os medos.

Falando sobre medo, encontrei esse vídeo que tem tudo a ver com minha última postagem Descomplique-se II - Supere seus Medos.

Dr. Quantum Visita Planolândia, um lugar onde só existem duas dimensões.

Vale a pena ganhar uns cinco minutos para assisti-lo.


Descomplique-se II - Supere o medo de mudanças

Ilustração de Mirella.
Muitas vezes admiramos a paisagem que temos
 medo de tocar com nossos pés.
Nossa vida é construída por imagens, conceitos e muitas outras variantes. Olho ao redor e o que mais vejo são construções estagnadas, ou pior, “terminadas". A vida não é uma obra que se completa em si, é singular e única porque não tem fim.

A arte da vida é regida por sua eterna continuidade... Uma estrada que se constrói com nossos passos rumo a uma expansão infinita, só possível quando permitimos as mudanças. 

Mudar nesse sentido passa longe da inconstância e da leviandade, ao contrário, é agregar vivências novas as adquiridas. Isso dá trabalho porque movimenta energia.

Veja o exemplo da pedra atirada em um lago calmo, movimenta tudo ao redor e dependendo da intensidade essa ondulação pode alcançar um amplo raio. Essa movimentação que tira as pessoas do lugar, auxilia a oxigenar a vida, que ao contrário ficaria como a água parada; estagnada e sem nutrientes, a apodrecer.

Em nosso caso, no início dessa estagnação aparece aquela sensação de que algo está errado. Muitas vezes surge como uma saudade de origem desconhecida. Só que não é a lembrança de uma situação do passado, mas de outra a nossa espera. 

Tudo isso tem gerado crises de depressão, insatisfação, doenças, dores no corpo de origem desconhecida, ansiedade, muito medo e pânico.

É a Energia parada. O corpo físico pede socorro, a mente quer auxilio, o emocional suplica por harmonia... Nosso corpo conversa e dá sinais claros do que precisa. A energia da Vida ao nosso redor se movimenta e pede passagem. Porém, da mesma forma que deixamos de escutar e conhecer nosso planeta, desaprendemos a ouvir nosso corpo e não reconhecemos os seus sinais, menos ainda as mensagens enviadas pela Vida.

Por que? Porque se fossemos ouvir teríamos que mudar e estamos acomodados no conhecido. Diferente de antes, quando não tínhamos muitas opções para a sobrevivência e a movimentação era uma constante.

Mas penso que tem um problema mais profundo ligado a isso,  que acontece quando relacionamos a com a perda do conhecido com a morte, o nosso maior medo.

Como temos um medo natural da morte física, passamos ele para as pequenas situações que devem se transformar, devem "morrer". Da morte física ninguém escapa, mas dessas pequenas mortes podemos ter a escolha, o livre arbítrio.

Então, para muitos, não deixar uma situação terminar mais que evitar o novo é evitar a morte de algo. Na maioria das vezes, nem percebemos que estamos segurando apenas um cadáver, que deveria estar enterrado.

E, se por acaso a corrente da Vida chega com força e leva isso que se segura com tanto querer e poder.... Meu Deus!!! Que sofrimento!! Parece que se morre junto e por vezes se cava a maior fossa, onde se fica enterrada por longo tempo .... Ou para sempre.

Sair desse buraco pode ser mais difícil que mudar de ponto. Pena que só depois da experiência é que percebemos... Isso quando se percebe.

Não sou médica, não sou psicóloga , porém, aprendi a observar e estudar essas situações. Eu já “morri” várias vezes nessa encarnação, me transformei e segui na corrente de energia desse rio maravilhoso,  mergulha nessa energia de vida, seja em águas profundas ou nas areias do deserto.

AH!! Isso que denominamos sofrimento continua existindo... As vezes sofroooo que só. Mas, se vai cada vez mais rápido e a  Alegria fica cada vez mais presente.

É que a gente vai aprendendo que o sofrimento provocado por essas mudanças faz parte do aprendizado, assim como a alegria. De minha parte, vou me deixando morrer e renascer, até que um dia a morte do corpo chegue e me revele, ou não, mais um mistério. Enquanto isso curto o que posso por aqui do meu jeitinho, sem as bulas de como ser alegre que existem por ai, porque como disse Gonzaguinha 

 “A vida é bonita, é bonita e é bonita!!!”.

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domingo, 3 de abril de 2011

Mudando paradigmas III: A Terra não era azul


Além de elegantemente redonda, lá de cima, a Terra aparece vestida de azul. Olhando a imagem dela sem os oceanos, como mostra a imagem ao lado, criada por um modelo de computador chamado de “Geóide“,  fiquei a imaginar com qual cor ela seria vista se assim estivesse... Um tom de marrom? Alaranjado? Verde? Esse acho que não. Será que alguém tem essa resposta? Se tiver me diga.

Ainda seguindo nessas divagações de quem fica dentro de casa em um domingo chuvoso, lembrei das cores que nosso Planeta já teve em seus 4 bilhões e 500 milhões de anos de existência e me perguntei qual será a próxima cor dessa nossa casa. 

É! A Terra nem sempre foi azul. Sabia? Ela mudou sua roupa algumas vezes irradiando outras cores e tamanhos, sempre por suas mudanças bravas - condições severas como dizem os meteorologistas - de temperaturas.


Já foi vermelha, devido as lavas que corriam em suas superfície de puro fogo. Apareceu branquinha no espaço durante Eras Glaciais e foi verde, devido a tonalidade das águas que a cobria por inteiro.


Por quanto tempo nosso planeta ficará azul, ninguém sabe, apesar de todo avanço que a ciência teve nos últimos 200 anos. É que perdemos mais tempo e energia inventando coisas para jogar fora no dia seguinte do que investindo em conhecimento. Agora, o jeito é correr contra o tempo, e estudos como esse da sonda Exploradora de Gravidade e Circulação Oceânica (Gravity and Ocean Circulation Explorer, ou Goce), que inseri no último post, é um exemplo, pois poderá inclusive auxiliar a prever terremotos com antecedência.
Mas, continuando na minha divagação, a possibilidade é que a Terra volte a trajar branco. Segundo estudos nos últimos 10.000 anos ela passa por instantes de calma em sua superfície, tempo esse em que a espécie humana aproveitou para formar a civilização tal qual a conhecemos. Estamos em um pequeno intervalo de entre duas Eras glaciais, é o que diz a maioria dos pesquisadores, contrariando as teses de aquecimento Global.


Seguindo essa trilha cartesiana que fiz, para entender nosso planeta com os olhos da ciência, comecei a pesquisar como foram esses bilhões de anos da Terra.


Abaixo, para quem não tem muito tempo, inseri um vídeo de três minutos, só para ter uma idéia dessa transformação.



Quer saber mais?


O documentário Como Nasceu Nosso Planeta, em minha opinião é o melhor de todos sobre o assunto, inclusive deu origem a uma Série do mesmo nome. Como são quase duas horas de duração e no YouTube está dividido em 11 partes, deixo a  primeira aqui, depois é só seguir no YouTube.



 


Mudando paradigmas II: A Terra não é redonda

Já que estou falando de mudança de paradigma, na forma como vemos e nos relacionamos a Terra, olha só o que foi divulgado na última quinta-feira, 31 de março.



É a imagem da terra de uma forma diferente... Eita, como ela fica feia sem os oceanos!!! Perde sua bela elegância arredondada. rs

Se bem que redondinha ela não é, só lá de cima a vemos assim. Essa menina é cheia de altos e baixos, inclusive de humor, que nessa semana esteve lá no alto astra, sem grandes abalos sísmicos, nem novas explosões vulcânicas. Está até abaixo do normal. Olha só, das 0:30 até as 15h30 apenas 19 terremotos - só contando os acima da magnitude 3.0 -, sendo que teve um forte ainda a pouco, às 14h07, de 6.4, nas ilhas Fiji... Upa...É melhor ficar quieta para não dar idéia. Deixe-me voltar para a imagem acima.

Essa imagem não é real, apenas um modelo chamado de geóide.

Ela foi divulgada quinta -feira pela Agência Espacial Europeia (ESA) e é o mapa mais preciso já feito até hoje da gravidade da Terra. Essas informações foram coletadas pelo satélite Goce, nos últimos dois anos. A intenção é a partir das informações coletadas por ele, poder medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo, e entender como esses sistema são afetados pelas mudanças climáticas.

Esses dados também poderão auxiliar no entendimento dos processos que causam terremotos, porque eles criam “rastros” de gravidade, e quem sabe um dia conseguirmos prevê-los.