Em um final de tarde em 1993,
sentia uma dor dilacerante que não entendia de onde vinha. Do
alto de minha torre observei o mar, as nuvens, as
luzes e cores do céu... Não lembro quanto tempo fiquei assim, sei que quando o tempo e a dor passaram surgiu esse pequeno poema, "Todas as cores do céu".
Ontem, um comentário da Meg no Talk do Painel Global, fez com que eu o tirasse da gaveta. Entre outras coisas Meg disse:
Ontem, um comentário da Meg no Talk do Painel Global, fez com que eu o tirasse da gaveta. Entre outras coisas Meg disse:
"Na minha simplicidade, mas com muito boa vontade, quero compartilhar as
cores da vida e não das visões escuras que permeiam a humanidade".
Que bom ter mais e mais pessoas que optam pelas cores da vida e observam as cores do céu!!!
Todas as cores do céu
Da solidez de minha
torre
Vejo a fluidez das
nuvens.
Soltas em sua leveza
Caminham com o vento
Entregues a sua
natureza.
Carregadas de energia
inata,
Livres da gravidade que
me prende
Desfilam no silêncio
do azul profundo
Declamando a linguagem
das luzes.
Todas as cores do céu!
Signos puros … Reais!
Livres... Eternos...
Mutáveis... Nunca
iguais.
Vida pulsante arte
Te tornam mais limitada
Que uma folha de papel.
Prisioneiro de mares
concretos
Até o poeta pensa que
voa,
Mas qual é o voo
Que não é inteiro?
Mundo concreto...
Matéria.
Maior que seu peso
Só a dor do atrito
Que me consome
Na ânsia de
libertar-me.
Todas as cores do céu!
Quisera poder assim
Ser inteira na
vida
O que vive em mim!
Algum dia de 93
Sandra Silva
Algum dia de 93
Sandra Silva