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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Semeando III: Florindo as cinzas


Acabou o carnaval...Viva! Agora o mundo volta a girar nesse nosso país da fantasia.

Assim, como essa minha quarta-feira não é de cinzas vou falar de flores, perfumes e cores.

http://www.brezzadilago.org/

"Sim, é como a Flor
de Água, ar, luz e calor
O amor precisa para viver
De emoção e de alegria
E tem que regar todo dia". 

A Cor do Som - Sementes do Amor 




Foi a Meg, uma amiga que enviou esse vídeo dizendo que era para ajudar a colorir o Conversas da Vida. Sabe, esse foi um daqueles toques que falei no “Não espere resultados, siga semeando”. Deixei quietinho e a  hora de inserir chegou. Caiu perfeitamente aqui nesse Florir.

Grata, Meg!!! você não tem ideia como me fez bem naquele dia abrir o teu e-mail e assistir a esse belo e alegre vídeo da Cor do Som.

Mas, já que falo em flores tenho que dizer que adoro jasmim!!! Desses que se espalham pelo chão forrando as calçadas e deixando um leve perfume no ar. Afinal, morando em cidades coberta por asfalto e casas cercada de muros, são poucas as opções de flores pelo caminho.

  Tive a sorte de ter jasmineiro por perto em quase todos os lugares onde morei, só nunca tive um em casa. Era minha colheita quando voltava depois da faculdade ou das incansáveis discussões políticas, sociológicas, culturais e aleatória no bar do Bira, ou no Pop, ou no Surf... e tantos outros do Gonzaga ou Boqueirão em volta das faculdades.

Quando inspirada e feliz costumava colocar ao menos uma flor dessa minha colheita nas janelas do térreo do prédio onde morava. Um dia descobriram o mistério dos jasmins na janela, mas acho que a maioria já suspeitava... Vivia colocando eles no cabelo. rs.

Até em São Paulo, na minha primeira experiência de moradia naquela cidade, lá pelos meus vinte anos, na rua tinha também alguns frondosos jasmineiros. Só que era um prédio muito grande e sem apartamentos no térreo onde morava. O jeito foi enfeitar o metrô ali pertinho. Naquele enorme corredor da estação Paraíso era fácil colocar jasmins entre as placas coloridas da parede.

Um ato solitário e despercebido. Nem sei se alguém notava, mas era interessante ver as florzinhas brancas e delicadas brotando daquela arquitetura plastificada.

Na verdade adoro flores de todos os tipos e cores, mas as brancas de certa forma me parecem mais gentis... Margaridas, dálias, copo de leite, lírios aparecem em lugares onde nenhuma outra se atreve estar.

Por isso, não foi a toa que me identifiquei com as histórias da Senhora do ônibus e o solitário Sr. Bouffier. Seria bom florir a vida ao nosso redor, nem que seja em um pedacinho de nosso quintal ou em um cantinho de um coração que encontramos pelo caminho.

 Têm tantas formas simples para fazê-lo. Mas, para muitos o que falo aqui é pura babaquice.. baaaa... Adoro essa florida babaquice de quem ama a Vida inteira, não apenas a própria e não tem vergonha de ser o que é.

"Quero enfeitar com flor
meus cachos despenteados.
Se possível flores que se entregam a mim
feito os brancos jasmins.

Flores que me enfeitem
Lembrando terra faceira,
Linda feiticeira
Alquimista da vida."
 (escrita em algum desses dias de minha vida)




2 comentários:

  1. QUE LINDAS PALAVRAS!Cheias de sol,de brisa e jasmineiros em flor...Aroma de jasmins e terra molhada depois de uma chuva de primavera...Me recordou os jardins antigos,na pequena cidade onde nasci e morei até os 25 anos.Muito lindo seu post!Parabéns por semear tantas lembranças e flores!Um beijo no coração!

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  2. Esse tipo de sementes são caixinhas de surpresas!!! rs. Nunca se sabe o que vai desabrochar. Adoro esse cheiro de terra molhada por uma chuva das boas. bjs e grata por todo carinho.

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