Em uma recente Conversas com a Vida recebi uma senhora bronca com todos os puxões de orelhas a que tinha direito porque não entendia as mensagens que ela enviava. Fazer o que? Ainda sou analfabeta nessa linguagem simbólica.
Mas, bem que ela
poderia facilitar e fazer como o Sol em “A
Extraordinária Aventura vivida por Vladimir Maiakóvski no Verão na
Datcha”. Ele entrou sala adentro para um chá e conversou cara a
cara com o poeta. Ao final chegaram ao mais belo dos acordos que
conheço:
“Brilhar para
sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
Gente é pra brilhar
que tudo o mais vá prá o inferno,
este é o meu slogan
e o do sol”.
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
Gente é pra brilhar
que tudo o mais vá prá o inferno,
este é o meu slogan
e o do sol”.
Só que a vida deve ter agendada
mais conversas que o Sol. Com tanta gente reclamando dela não deve ter tempo para chegar assim para um chá, tem que utilizar
de outros artifícios para dar seus recados.
Dessa vez o meu recado foi:
“Não espere
resultados, siga semeando”
Eita coisa
difícillll.. Não foi a tôa que bati tanto a cabeça até entender
mais essa. Condicionada que sou por um sistema que utiliza a fórmula metas e
resultados para alcançar objetivos, como fazê-lo? Pedi que ela explicasse melhor, enquanto
isso continuei batendo a cabeça no muro das lamentações dos
sofrimentos inúteis.
Foi ao terminar de
escrever a minha última postagem, “Novamente 2012 e as histórias sem fim de Fim do Mundo” que a ficha caiu. Plin...
Esclarecendo:
quando escrevo não penso muito, apenas deixo fluir o que já está
pronto em mim. Por isso ao chegar no ponto final e ler o texto pensei: “Preciso falar mais das possibilidades de um novo mundo e de tanta
gente mudando paradigmas e seguindo seus caminhos sem pensar em resultados, apenas fazendo o que tem de ser feito".
Nesse instante entendi
a mensagem que a vida tinha dado, estava me prendendo ao esperar o
resultado de algumas situações que estou vivendo para poder viver
outras. Ufa... Tão simples.
É que somos muito
apegados a padrões, pessoas e situações mesmo que ruins, enquanto a Vida é pura
correnteza de energia. Quando nos
defrontamos com essa correnteza sabemos que em algum momento o
mergulho será inevitável. Quando? Sei lá, cada um tem seu tempo e
para essa correnteza o tempo não existe. Entrar nela é um
processo natural que nos dará a consciência de onde já estávamos.
Pena que somos
lerdinhoooos... Ao invés de mergulhar de uma vez ficamos primeiro
admirando a correnteza, depois colocando os pezinhos nela, ao
mergulhamos resistimos e entramos em conflito entre a força que nos envolve e o medo ancestral da
entrega. Os mais raros, diria heroicos que se entregam de pronto a
essa força, são levados para onde a vida necessita. Muitos misticos
chamavam a isso de loucura Santa.
Mergulhar
nessa correnteza é o grande exercício da fé e quem a tem
não espera por resultados, segue semeando porque sabe que a vida se
encarrega do resto.
Lembrei de duas
histórias perfeitas para ilustrar essa ideia do semear. A que postarei aqui foi uma das
primeiras mensagens que recebi por e-mail em power-point e tem a
definição perfeita desse semear. É da senhora que espalhava
sementes na estrada. Linda.... A outra deixarei sozinha em outra
postagem com "O homem que plantava árvores".
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário