Seguindo esse caminho de semear me chegou Bunker Roy com a Universidade dos Pés Descalços, na Índia. Como poderão ver, apesar das diferenças, a essência dessa história é muito semelhante com a do Homem que Plantava Árvores. Só que as sementes de Roy estão a florescer pessoas e literalmente está levando luz mundo a fora.
Devo confessar que quando li
pela primeira vez esse nome, Bunker Roy, lembrei dos mocinhos dos primeiros
filmes de Faroeste. Aqueles que disparavam 100 tiros antes de
recarregar sua arma de apenas seis balas, conseguiam mirar
perfeitamente cavalgando a mais 60Km por hora e apesar de toda
poeira que levantavam, suas jaquetas permaneciam impecavelmente
limpas.
Diria que Bunker Roy,
além de estar longe dos Estados Unidos também está do estereótipo
desses mocinhos inventados pelo cinema, porém, as suas façanhas
ultrapassam em muito as desses pretensos heróis americanos.
Com
pouca munição conseguiu eliminar preconceitos, mudar paradigmas e
construir na Índia a Universidade dos Pés Descalços. Seguiu
mirando enquanto voava nas asas de seu sonho e ultrapassou as
fronteiras do seu país iluminando muitas aldeias africanas. Ao que tudo
indica, apesar de toda poeira levantada pelas lutas que enfrenta com as estruturas
arcaícas da política, educação e econômia de nossa sociedade, ele
continua impecavelmente limpo.
Dentre as muitas lições
que nos dá, preciso destacar aqui a valorização do papel das AVÓS nas comunidades mais pobres. Sim,
as mulheres com filhos criados já seguindo seus rumos, são protagonistas desse trabalho. Quem
sabe se finalmente nesta nova volta que o mundo dá, essas mulheres
retomarão o seu merecido lugar de La que sabe? Espero falar sobre
elas em uma outra postagem, incluindo a minha experiência nos
últimos dois anos em uma secretaria de escola pública.
Vou deixar que o
vídeo, com a palestra de Bunker Roy, nos conte como
começou uma escola que ensina camponeses e camponesas a serem
engenheiros solares, médicos, dentistas, artesãos e agentes
transformadores de suas vidas, consequentemente de suas aldeias e de
nosso mundo.
Como ele diz :"Não
é necessário buscar soluções no Exterior. Procurem soluções no
interior. E escutem as pessoas que têm as soluções diante de você.
Elas estão em todo mundo. Nem sequer se preocupem. Não ouçam o
Banco Mundial, ouçam as pessoas no teu terremo. Elas têm toda a
solução do mundo".
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