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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Reflexos Fotográficos II

Trafegando pelas paisagens captada por outros olhares vi duas lindas imagens do pôr-do-sol. Por coincidência, uma surgiu após a outra.

Jack Guez / AFP

A primeira imagem, captada em 15 de novembro, publicada em uma matéria sobre o conflito na  Faixa de Gaza.









Autor: Leguth Edson


A segunda surgiu logo após, publicada no faceboock pelo amigo Edson Leguth, em um grupo do qual faço parte, "Coisas de Santos". A foto é do dia 18 de novembro de 2012.













Deveria ser no mínimo latitudes e longitudes diferentes, culturas distintas vivendo seus dias com o sol se pondo em um rastro de luz tão parecido. 

Porém, lá em Gaza conflito declarado, segundo dia de bombardeio... Sirenes.... Mortes... tensão a aumentar expandindo e exaltando ainda mais o ódio e a intolerância. Desde o dia 14 já são mais de 120 mortes, que deve aumentar depois do forte bombardeio de hoje.

Aqui em Santos, São Paulo, Brasil, era domingo de sol de um feriado prolongado, resultando em praias lotadas por pessoas de todo o Estado. Poderia se dizer que por aqui reinava a Paz. 

Acontece que o conflito que vemos em São Paulo não é declarado e agimos naturalmente em meio a violência, porque o problema é sempre do outro até que nos atinja diretamente. 

Essa onda de violência  já resultou em mais de 200 mortes, geradas sem bombardeios teleguiados e televisivos. Podemos dizer que o conflito é totalmente diferente, tanto na razão, história e munição, porém, a situação de “tensão a aumentar expandindo e exaltando ainda mais o ódio e a intolerância, é a mesma”. 

Essa comparação passou por minha cabeça enquanto olhava as duas imagens e meu coração, então, falou: "Como pode diante de tão bela luz não pararmos tudo para contemplar e agradecer ?".

Seja aqui em Santos, lá em Gaza ou qualquer outro lugar desta nossa Nave Terra, se tivéssemos essa rotina em nossas vidas, estes e outros conflitos não seriam escritos no livro de nossa história, porque a sensibilidade despertada por essa contemplação não deixa margem para a destruição.

Olhar o pôr-do-sol é uma prática de muitos anos que me levou ao caminho da meditação e oração.

Deixo um quase poema de 1986, esquecido em uma de minhas gavetas e só agora mergulhada nesses pensamentos me lembrei.

 
Sandra Silva - Santos/SP - Zona Noroeste- ao fundo a Serra do Mar
Hoje, antes que o sol parta para o outro lado do planeta,
Olhe para ele e se possível sorria.
Não importa que esteja escondido atrás de nuvens,
Ou que você esteja em um quarto escuro,
Olhe para ele assim mesmo.

Também estarei olhando e sorrindo.

Então, pense em algo que te encante.

Talvez eu pense na luz das estrelas que logo surgirão,
Ou nas nuvens que as encobrirão,
em alguém... em ti...
Pensarei em algo que amo.
O que me deixará mais sensível,
forte, clara e perto de você
Que também se sentirá como eu....
Mágicos... humanos...

Quem sabe assim unidos,
Prestaremos uma homenagem
ao planeta,
ao sol,
aos reinos,
não sei.

Sei apenas que este instante
será uma declaração de amor a vida,
uma prece
que nos deixará mais conscientes e próximos de Deus.

Dezembro/86

Por falar em Prece deixo esse clip 
The Prayer com Celtic Woman 





Um comentário:

  1. Olá Sandra.
    Adorei as fotos e o Poema.
    Uma sensível e profunda forma de conectar-se ao divino!
    Estou seguindo seu blog!
    Um ótimo domingo!!!
    Beijos

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