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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Chove Primavera chove

Começou a primavera e a chuva não se manca, continua a cair. As flores não estão nem ai, até devem gostar, ficam limpas da poeira desse nosso ar regado a monóxido de carbono. Um bom exemplo tenho aqui nas orquideas de minha mãe. Lindas, florecem no abacateiro. As minhas violetas também estão lindas, os vasinhos repletos de botões e alguns já abertos. Na pitangueira ainda tem flores, apesar de já ter florido antes e dado-nos muitas pitanguinhas. Parecia árvore de Natal.

Não importa a chuva, o frio fora de hora, a energia tensa que temos por aqui... Elas estão lá, abertas e gratas cumprindo seu papel.

Vou seguir esse exemplo, nem vou mais reclamar da chuva. Já que a primavera é um símbolo de renovação, mais uma vez me apronto para ir mundo afora e me molhar na chuva. Mesmo ainda não tendo criado escamas.rs..

Em homenagem a essa Primavera que promete ser chuvosa e a criatividade em potencial que existe no ser humano, deixo um vídeo que vale a pena ver. Um som de chuva produzido... Bem, vejam vocês mesmos.

FELIZ PRIMAVERA!!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PERDÃO


Recebi, no mesmo dia, duas mensagens que se completavam, vindas de fontes diferentes. Uma enviada por uma amiga, junto com uma petição da PETA (organização internacional em defesa dos animais), contra a crueldade que em certo lugar faziam com animais, cães, tirando-lhes a pele ainda vivos e conscientes. Nem vi o vídeo, como o e-mail falava era melhor não vê-lo.

Só em pensar nisso meu coração se comprimiu e pedi e peço perdão a esses seres sacrificados. PERDÃO. Perdão pela inconsciência, Perdão pela ignorância, Perdão. Perdão. Perdão. Lembrei de Jesus dizendo: Eles não sabem o que fazem. Ainda, enquanto civilização, não sabemos.

“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele.A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele.Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles."
Philip Ochoa

No mesmo dia, após assinar essa petição, recebi outra mensagem de um amigo contando que em um Centro Espiritual de muita luz nesse nosso planeta, foi recebida uma mensagem onde dizia que a balança cármica que o reino animal havia contraído com o reino humano, na época dos dinossauros, estava equilibrada e pendendo agora para o nosso lado.

Pensei, ao saber desse equilíbrio alcançado, que não é a tôa que as últimas doenças que estão aparecendo têm nomes assim: gripe aviária, gripe suína... Muito ainda vamos ver nesse sentido se continuarmos com nosso comportamento animal, junto a um reino indefeso, acuado, dizimado e tão lindo e amoroso.

É inimaginável para nós humanos, as conseqüências disso. Para o reino animal somos os seres superiores, a imagem que podem ter do que devem buscar como evolução. Imaginem o que é isso!!! Somos o elo que o elevaria. Ao invés disso continuamos dizimando milhões e milhões de animais diariamente. Alguns deles com o requinte de crueldade e sofrimento que não dá nem para comentar. Assim, continuamos com nossas guerras. Continuamos estacionados em nossa miséria sem encontrar saídas. Pois tudo nesse mundo faz parte de uma corrente perfeita e integrada.

PERDÃO, PAI E MISERICÓRDIA por nossa humanidade.
DOCE É SENTIR - IRMÃO SOL, IRMÃ LUA

(desculpe, sei que a qualidade da imagem não está boa.
Assim que der farei um com qualidade melhor )

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fé - Nada te turbes


Se há algo que ninguém tira é minha fé. A certeza de que há uma ordem maior regendo a aparente desordem em meus corpos e no mundo.

Como tenho uma mente muito tagarela e questionadora, me perguntava de onde vinha essa fé.

Está certo que fui daquelas crianças, que aprendeu a se ajoelhar ao lado da cama e rezar antes de dormir, pedindo proteção ao anjo da guarda. Só que fazia isso como um ritual sagrado e não como uma obrigação imposta por minha mãe. Essa rotina cresceu comigo, posso não continuar me ajoelhando, mas não durmo antes de falar com meu anjo e outras consciências que nos guardam.

Foram tantas as aventuras e desventuras vividas em criança, onde recorria ao anjo da guarda e a Nossa Senhora, minha mãezinha do céu, que essa prática deve ter se incorporado às minhas células. rs.

O fato é que mais tarde, mesmo em meus momentos mais materialistas me apegava a essa fé na certeza que estava vivendo algo não para mim, mas para um propósito maior. Assim, na fé, sentia-me sempre protegida e o medo de enfrentar certas situações desaparecia.

Uma vez, ainda nos meus vinte aninhos, em um círculo de amigos fizemos aquela brincadeira do que cada um queria e não queria do outro. A qualidade e o defeito. A maioria se referiu a minha coragem como a qualidade e meu defeito, a teimosia. rs.

Mal sabiam eles de onde vinha essa coragem, se soubessem iriam vir contestar e um grande debate se faria. Então, me calava e apenas deixava a fé se fazer em mim. Tem certas coisas que não se deve falar, porque a energia se esvai. Acho que foi por ai, dentro dessa percepção, que fui aprendendo sobre a força do silêncio.

Como a vida é rica! Ela conversa o tempo todo conosco, pacientemente... Haja paciência! Hoje, sei que essa fé não veio de algum lugar, ela já estava.

Com o tempo a vida foi me dando outras formas de falar com esse mundo interno. Um dia me deu uma oração de Tereza D’Ávila, que foi um leme em muitas situações fortes que vivi, e ainda é uma espécie de mantra que me acompanha e ajuda a enfrentar essa “desordem” do mundo externo.

Nada te turbe


Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Só Deus não muda.
A paciência
Tudo alcança.
Quem tem a Deus,
Nada lhe falta.
Só Deus basta.
Tereza de Àvila (1515-1582)

 
Tem várias versões musicadas dessa oração. Faz um tempinho, recebi uma mensagem com ela cantada pelo Coral de Taizé. Belíssima. Fiz umas modificações na apresentação, pois tinha um salmo escrito, ficando muita informação. Vejam abaixo como ficou. Vale a pena. Sintonize-se e Respire....

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre as Cinco Pessoas Que Você Encontra no Céu


“As cinco pessoas que você encontra no céu”
de Mitch Albom,
Editora sextante.

“Este livro foi escrito para cada um de nós, pois frequentemente nos sentimos frustrados e inúteis – assim como Eddie – por não termos realizado nossos sonhos. Ele nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia de ligações e que temos o poder de mudar o destino dos outros com pequenos gestos”.

Diria que é uma fábula dos tempos modernos.

Esses dias, o indiquei para um amigo e bateu aquela vontade de relê-lo.

O indico sempre, quando percebo aquele sentimento de impotência diante da realidade que nos cerca. Existiriam outros textos e livros para indicar sobre isso, mas a simplicidade e ao mesmo tempo profundidade como toca no assunto acabou sendo uma referência.

É que observo em mim e em outros, que ao nos aproximarmos da metade de nossas vidas – levando-se em conta que raros vivem mais de 100 anos – esse sentimento de impotência meio que aumenta.

Algumas novas perguntas surgem. O que posso fazer? Quantos dos meus sonhos ainda podem ser realizados? Ou, quantos dos meus sonhos ainda são meus? O quanto me acomodei? Quanto útil eu fui? Quanto útil sou? Ufa! São perguntas e perguntas e mesmo que não as queiramos, elas nos cercam e se infiltram.

O problema é que não sabendo lidar com elas, caminhamos para o mundo do “se”.

Esse é o mais terrível dos mundos onde nossa mente pode estar. “Se tivesse...?”, “Se eu + um verbo no passado?” .... “Se nós + outro verbo no passado?” ... “Se ela.....?” O mundo do Se é paralisante, porque o tempo não volta, é fato. O que está feito está em algum lugar no universo, só podemos seguir em frente. Viver e fazer no presente, para equilibrar a nossa balança.

O pior é que esse “se” abre várias portas em nossas vidas, deixando entrar a depressão, a insatisfação, o derrotismo, o cansaço, a tortura mental... É uma longa fila de portas.

E abrindo essas portas ele fecha uma outra muito importante, onde podemos ver o tanto que fizemos. É preciso muita vigilância para não deixar isso acontecer.

Viver o agora de uma forma integral, sem culpas e cobranças, em sintonia com o universo que você é, pode ser uma forma sadia de evitar esse sentimento de impotência. Podemos não mudar o passado, mas viver plenamente o presente. Tente. Você terá tempo para perceber o que você realmente é, um ser em plena aprendizagem e crescimento nesse universo, fazendo muito mais do que pensa que faz.

Amei o livro por tratar-se de um alerta no sentido de que Sempre fazemos bem mais do que imaginamos.