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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

De conferências o clima está cheio.

Eita raça lerdinha de seres humanos que somos. Tão apressados para consumir e tão lentos para resolver os problemas causados por tanto consumo. A natureza não humana é mais decidida, rápida, demonstra sua vontade e poder sem grandes delongas, reage e age. É o que estamos vendo.

Enquanto essa reação segue avante em uma marcha que assusta os cientistas e os outros que mesmo sem tantas ciências são mais conscientes de seu meio, os caciques do planeta ainda estão discutindo metas para a redução de CO2, de diminuição do desmatamento etc..etc..etc...

Bem, nesse momento em que escrevo esses mal traçados dígitos, o Presidente Lula está em São Paulo coordenando o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, onde discute as propostas que levaremos para a COP-15, em Copenhage.

Esse encontro, por sua vez, acontecerá entre os dias 07 e 18 de dezembro, sendo considerado “o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais, pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012”.. Hum, Hum!

Olha só, é a 15ª conferência. Fico questionando se o erro está no nome: “15ª Conferência das Partes”. Se fosse Conferência do Todo, Conferência da unificação das Partes ou algo que visualizasse o exemplo do sistema ecológico que é um e não partes, talvez o resultado fosse outro. Menos intenção que não se cumpre e mais ação que se resolve.

O fato é que antes mesmo dessa reunião acontecer, existe barraco por todas as partes sobre o que será decidido nesta conferência. Em Barcelona, esses dias, negociadores da União Européia e do Reino Unido andaram afirmando que um acordo ambicioso está fora de questão. Talvez saia um modesto? Pergunto eu.

Também andam dizendo que será necessário de seis meses a um ano após esse encontro para consolidarem uma proposta. Não entendo, o tal de Quioto foi consolidado, mas foi implantado? E esse será seu substituto... Será que estão nos enrolando?rs

O Presidente Lula até está tentando, esteve na Inglaterra e esse foi um dos principais itens da pauta. Claro que a cobrança para o nosso lado existe, a Amazônia parece ser a única floresta do mundo.

Bem faz a Austrália, lá foi criada a Força-Tarefa Nacional de Mudança do Mar para desenvolver ações urgentes com a finalidade de proteger a costa australiana do aumento do nível do mar. Um relatório oficial do Parlamento da Austrália afirmou que o governo do país poderá, se for o caso, retirar os moradores das áreas costeiras. O documento não diz que o governo deve obrigar as pessoas a se mudarem, mas propõe a criação de um grupo independente que avalie isso.

Ao todo o documento faz 50 recomendações, que vão desde um plano para a região costeira a uma maior cooperação entre vários órgãos de governo, até mesmo a revisão do código de construções para enfrentar tempestades e erosão do solo.

No Brasil, uma boa notícia foi a aprovação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que terá recursos de R$ 720 milhões por ano para serem usados em projetos para enfrentar o aquecimento global. É um passo, vamos ver o que farão com essa verba.

AH!! Veja esse link do mapa aquecimento global, que apresenta os resultados de um estudo desenvolvido pelo Met Office Hadley Centre a pedido do Departamento de Energia e Mudanças Climáticas (DECC) do governo britânico.

O que fica para mim, que ando lendo, olhando para o meu quintal e além dele, é que a Hora de agir para preservar vidas é agora.

A natureza como conhecemos já não dá mais para ajeitar, não tem volta, o que podemos fazer é amenizar os impactos, pois ela sozinha está dando seu jeitinho, se reacomodando e quem viver verá como ela ficará.

Como sempre, a vida está falando, nós é que não a ouvimos e muito menos conversamos com ela.


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Mais um outubro fica no meu tempo



Nossa!!! Outubro está terminando!! É impressão minha ou a Terra está girando mais rápido? Sei lá. Sei que já vi lojas enfeitadas para o natal. Até há pouco tempo isso acontecia só em dezembro... Não era? Eitá povo apressado!

Bem, independente dessa presa de consumo, fico com a impressão que a rotação da Terra não é a mesma. Ou serei eu a diferente?

O tempo é meu mistério favorito. Ainda não o conheço, muito menos o entendo, talvez porque apenas passe por ele. Cazuza disse que “o tempo não pára”, discordo, nós é que não paramos para vê-lo. O tempo fica ali, quietinho no eterno, canto dele. E ... eu? Sigo sem conseguir carregá-lo.

Na verdade, essa questão do tempo sempre permeou meu pensamento. Quando digo sempre, não é força de expressão. Desde que me entendo por gente penso nele. É. Se filosofia é refletir sobre as coisas que acontecem ao nosso redor, na vida interna ou externa; procurar respostas, ou pior, encontrar as perguntas.... Então, nasci filósofa, assumo. Defeito de fabricação, sem devolução ou conserto. Até tentei arrumar essa parte defeituosa do meu ser na tentativa de me adaptar a "normalidade". Foi em vão, não consegui e desisti.

Mas, seguindo uma linha de conhecimento atual, dizem, que existe um tempo rotacional no qual se baseia esse nosso calendário gregoriano e outro, que é psicológico, marcado por aquilo que esperamos ou vivemos etc. Por exemplo, se esperamos algo com pressa, esse nosso tempo psicológico sente o tempo passar lento. Se estamos na boa, querendo que o tempo demore a passar, ele passa rápido...rs. Que inversão!

Tento entender o que a vida quer me dizer.

Que estou acomodada? Que não queria que algo acabasse? Que estou em uma zona de conforto, apesar de todos os problemas que me cercam? Sim, porque nos acostumamos até com problemas, só para não ter que sair para outros desconhecidos. rs

É isso. A vida está me falando que tem outras histórias a me esperar, parada em um tempo mais a frente. Ai, estabanadamente, me dá um solavanco.

Vai-se assim, mais um dos outubros estranhos na minha vida. Ele acaba, ainda chove e me diz: Siga. A vida não te quer quieta, te quer correnteza, um fluir constante te fazendo percorrer o teu tempo.

Só me resta, então, pedir a ti, Tempo, Tempo, Tempo, Tempo... Que esteja eu em ti nesse meu novo voo, seja ele qual for.

Oração ao Tempo, de Caetano Veloso cantada por Maria Bethânia

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Na semana que Já passou II

Vi que:

Estamos em plena virtualidade, o Nobel da Paz saiu para o Obama, pelas ações que estão muito longe de mostrarem resultados. Para mim, quem está sendo diplomático, são os tais que concedem esse prêmio. Eles disseram: “olha, vai ficar feio voltar atrás, mesmo que os teus ‘compadres’ te pressionem”. Será que funciona? No mínimo estão adiantados.

Mas, enquanto ele ganhava o Nobel da Paz, o seu país não tendo mais o que bombardear, resolveu, através do pessoal da NASA, deixar dois de seus brinquedinhos caírem na lua para provocar uma pequena explosão. O show pirotécnico não aconteceu, porém, com certeza a tranqüilidade lunar foi abalada. A pobre lua deve estar imaginando o que esses predadores, que já acabaram com o equilíbrio do planeta em que vivem, estão querendo com ela.

Sim, acabaram. Não me venham com historinhas de que a situação pode ser revertida, ou de que a Terra ia mudar mesmo. Claro, até nossa pele muda diariamente, mas essa mudança não deveria ser provocada. Na semana que já passou quantos foram os milímetros de água que caiu aqui em nossas cabeças? Ao menos na nossa, aqui em Santos? Usei casaco de lã em pleno outubro e fiquei imaginando se finalmente veria neve no natal. Foi tsunami de um lado, terremoto de outro, (quer dizer, isso foi tudo no mesmo lado, na Ásia), mas anteontem a terra tremeu no Equador. Já os vendavais foram por tudo que é lado, assim como as enchentes. ( Santos, canal 4 - dia 08 de setembro)
Na Jordânia a coisa ficou foi quente. Perto de Amã, uma área de 200m² literalmente ardeu sob um calor de 400º C. A explicação de que “certos materiais orgânicos podem ter se juntado e reagido sob a superfície”, não me convenceu. Afinal, será que as ovelhas que foram fulminadas, não perceberam nada de errado, nem um calorzinho estranho em suas patinhas enquanto entravam naquele terreno? Até onde sei, elas são bem espertinhas para essas coisas.

Mas, pensando bem... Nós, que nos julgamos tão mais esperto que ovelhas, também estamos agindo como se nada estivesse acontecendo. Continuamos falando em preservação da natureza, para que nossos filhos, netos, bisnetos ou tataranetos não sofram as conseqüências... “Líderes” mundiais ainda se reúnem para discutir ações que evitem desmatamentos, emissão de CO2 etc... Esses estão é atrasados. Estarão nos próximos dias discutindo teorias, enquanto é só olhar pela janela e ver o resultado prático de tanta inércia. Cá para nós, eles deveriam aproveitar esse momento e criarem o plano B... Àquele que devemos ter em mãos quando o A não funcionou.

Minha vontade é gritar: “Acordem meninos e meninas (desculpe o plágio)!!! ” . Já estamos sofrendo as conseqüências dessas alterações. Se em 2050 a temperatura média do planeta estiver 4 graus mais alta, não será devido a um clique no controle remoto do ar condicionado da Terra. Ela está mais elevada, continua aumentando e até lá, muita água vai rolar, cair e sair do lugar... A Terra e tudo que temos como certo vai tremer. O que vamos fazer? Quais as ações concretas vamos tomar? O que temos realmente que mudar? Como vamos nos proteger? Você sabe quem é da defesa civil da área onde você mora?

Já que não adianta falar para os terráqueos, o jeito é gritar para outros:
“Alô, Alô Marciano... A coisa aqui tá cada vez mais russa... Cuidado que podem mandar uma bomba ai também”.

AH!!! Essa é a música. Perfeita. Infelizmente ainda atual, mesmo que por outros motivos. Foi escrita por Rita Lee para a voz de Elis.

domingo, 11 de outubro de 2009

Lá foi Mercedes Sosa cantar com Violeta



Morreu Mercedes Sosa, foi no dia 4.

O que dizer? De Mercedes não se diz, acredito eu, Se ouve, Se sente, Se admira, Se ama... Se orgulha... Sim. Se orgulha... Me orgulho, quando a ouço, de MINHA LATINIDADE.

Quando a conheci, no final dos anos 70, descobri o que é ser Latina. Foi através dela que veio Tarancón, Pablo Milanés, Victor Jará, Violeta Parra, o condor, os Andes, o som da ocarina, enfim, conheci a Minha América.... Aquela que sofria, como o meu Brasil, nas violentas mãos das ditaduras.

Foram muitas histórias vividas através dessas descobertas, que fermentaram e impulsionaram a vida desta criança dos anos 60, que agora escreve aqui.

Mas são outras histórias, de outros tempos, porque

Todo Cambia...Tudo Muda

Muda o superficial
Muda também o profundo
Muda o modo de pensar
Muda tudo neste mundo

Muda o clima com os anos
Muda o pastor e seu rebanho
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Muda o mais fino brilhante
De mão em mão seu brilho
Muda o ninho do pássaro
Muda a sensação de um amante

Muda o rumo do andarilho
Ainda que isto não lhe cause dano
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda

Muda o sol em sua corrida
Quando a noite o substitui
Muda a planta e se veste
De verde na primavera

Muda a pelagem a fera
Muda o cabelo o ancião
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Mas não muda meu amor
Por mais longe que eu me encontre
Nem a recordação nem a dor
De meu povo e de minha gente

O que mudou ontem
Terá que mudar amanhã
Assim como eu mudo
Nesta terra tão longinqua

Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda
Mas não muda meu amor...
(música de Julio Numhauser, imortalizada na voz de Mercedes Sosa)

Sou Grata, minha irmã que agora deve estar em dueto com Violeta.
 Isso se ela ainda estiver por ai.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Chove Primavera chove

Começou a primavera e a chuva não se manca, continua a cair. As flores não estão nem ai, até devem gostar, ficam limpas da poeira desse nosso ar regado a monóxido de carbono. Um bom exemplo tenho aqui nas orquideas de minha mãe. Lindas, florecem no abacateiro. As minhas violetas também estão lindas, os vasinhos repletos de botões e alguns já abertos. Na pitangueira ainda tem flores, apesar de já ter florido antes e dado-nos muitas pitanguinhas. Parecia árvore de Natal.

Não importa a chuva, o frio fora de hora, a energia tensa que temos por aqui... Elas estão lá, abertas e gratas cumprindo seu papel.

Vou seguir esse exemplo, nem vou mais reclamar da chuva. Já que a primavera é um símbolo de renovação, mais uma vez me apronto para ir mundo afora e me molhar na chuva. Mesmo ainda não tendo criado escamas.rs..

Em homenagem a essa Primavera que promete ser chuvosa e a criatividade em potencial que existe no ser humano, deixo um vídeo que vale a pena ver. Um som de chuva produzido... Bem, vejam vocês mesmos.

FELIZ PRIMAVERA!!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PERDÃO


Recebi, no mesmo dia, duas mensagens que se completavam, vindas de fontes diferentes. Uma enviada por uma amiga, junto com uma petição da PETA (organização internacional em defesa dos animais), contra a crueldade que em certo lugar faziam com animais, cães, tirando-lhes a pele ainda vivos e conscientes. Nem vi o vídeo, como o e-mail falava era melhor não vê-lo.

Só em pensar nisso meu coração se comprimiu e pedi e peço perdão a esses seres sacrificados. PERDÃO. Perdão pela inconsciência, Perdão pela ignorância, Perdão. Perdão. Perdão. Lembrei de Jesus dizendo: Eles não sabem o que fazem. Ainda, enquanto civilização, não sabemos.

“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele.A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele.Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles."
Philip Ochoa

No mesmo dia, após assinar essa petição, recebi outra mensagem de um amigo contando que em um Centro Espiritual de muita luz nesse nosso planeta, foi recebida uma mensagem onde dizia que a balança cármica que o reino animal havia contraído com o reino humano, na época dos dinossauros, estava equilibrada e pendendo agora para o nosso lado.

Pensei, ao saber desse equilíbrio alcançado, que não é a tôa que as últimas doenças que estão aparecendo têm nomes assim: gripe aviária, gripe suína... Muito ainda vamos ver nesse sentido se continuarmos com nosso comportamento animal, junto a um reino indefeso, acuado, dizimado e tão lindo e amoroso.

É inimaginável para nós humanos, as conseqüências disso. Para o reino animal somos os seres superiores, a imagem que podem ter do que devem buscar como evolução. Imaginem o que é isso!!! Somos o elo que o elevaria. Ao invés disso continuamos dizimando milhões e milhões de animais diariamente. Alguns deles com o requinte de crueldade e sofrimento que não dá nem para comentar. Assim, continuamos com nossas guerras. Continuamos estacionados em nossa miséria sem encontrar saídas. Pois tudo nesse mundo faz parte de uma corrente perfeita e integrada.

PERDÃO, PAI E MISERICÓRDIA por nossa humanidade.
DOCE É SENTIR - IRMÃO SOL, IRMÃ LUA

(desculpe, sei que a qualidade da imagem não está boa.
Assim que der farei um com qualidade melhor )

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fé - Nada te turbes


Se há algo que ninguém tira é minha fé. A certeza de que há uma ordem maior regendo a aparente desordem em meus corpos e no mundo.

Como tenho uma mente muito tagarela e questionadora, me perguntava de onde vinha essa fé.

Está certo que fui daquelas crianças, que aprendeu a se ajoelhar ao lado da cama e rezar antes de dormir, pedindo proteção ao anjo da guarda. Só que fazia isso como um ritual sagrado e não como uma obrigação imposta por minha mãe. Essa rotina cresceu comigo, posso não continuar me ajoelhando, mas não durmo antes de falar com meu anjo e outras consciências que nos guardam.

Foram tantas as aventuras e desventuras vividas em criança, onde recorria ao anjo da guarda e a Nossa Senhora, minha mãezinha do céu, que essa prática deve ter se incorporado às minhas células. rs.

O fato é que mais tarde, mesmo em meus momentos mais materialistas me apegava a essa fé na certeza que estava vivendo algo não para mim, mas para um propósito maior. Assim, na fé, sentia-me sempre protegida e o medo de enfrentar certas situações desaparecia.

Uma vez, ainda nos meus vinte aninhos, em um círculo de amigos fizemos aquela brincadeira do que cada um queria e não queria do outro. A qualidade e o defeito. A maioria se referiu a minha coragem como a qualidade e meu defeito, a teimosia. rs.

Mal sabiam eles de onde vinha essa coragem, se soubessem iriam vir contestar e um grande debate se faria. Então, me calava e apenas deixava a fé se fazer em mim. Tem certas coisas que não se deve falar, porque a energia se esvai. Acho que foi por ai, dentro dessa percepção, que fui aprendendo sobre a força do silêncio.

Como a vida é rica! Ela conversa o tempo todo conosco, pacientemente... Haja paciência! Hoje, sei que essa fé não veio de algum lugar, ela já estava.

Com o tempo a vida foi me dando outras formas de falar com esse mundo interno. Um dia me deu uma oração de Tereza D’Ávila, que foi um leme em muitas situações fortes que vivi, e ainda é uma espécie de mantra que me acompanha e ajuda a enfrentar essa “desordem” do mundo externo.

Nada te turbe


Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Só Deus não muda.
A paciência
Tudo alcança.
Quem tem a Deus,
Nada lhe falta.
Só Deus basta.
Tereza de Àvila (1515-1582)

 
Tem várias versões musicadas dessa oração. Faz um tempinho, recebi uma mensagem com ela cantada pelo Coral de Taizé. Belíssima. Fiz umas modificações na apresentação, pois tinha um salmo escrito, ficando muita informação. Vejam abaixo como ficou. Vale a pena. Sintonize-se e Respire....

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre as Cinco Pessoas Que Você Encontra no Céu


“As cinco pessoas que você encontra no céu”
de Mitch Albom,
Editora sextante.

“Este livro foi escrito para cada um de nós, pois frequentemente nos sentimos frustrados e inúteis – assim como Eddie – por não termos realizado nossos sonhos. Ele nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia de ligações e que temos o poder de mudar o destino dos outros com pequenos gestos”.

Diria que é uma fábula dos tempos modernos.

Esses dias, o indiquei para um amigo e bateu aquela vontade de relê-lo.

O indico sempre, quando percebo aquele sentimento de impotência diante da realidade que nos cerca. Existiriam outros textos e livros para indicar sobre isso, mas a simplicidade e ao mesmo tempo profundidade como toca no assunto acabou sendo uma referência.

É que observo em mim e em outros, que ao nos aproximarmos da metade de nossas vidas – levando-se em conta que raros vivem mais de 100 anos – esse sentimento de impotência meio que aumenta.

Algumas novas perguntas surgem. O que posso fazer? Quantos dos meus sonhos ainda podem ser realizados? Ou, quantos dos meus sonhos ainda são meus? O quanto me acomodei? Quanto útil eu fui? Quanto útil sou? Ufa! São perguntas e perguntas e mesmo que não as queiramos, elas nos cercam e se infiltram.

O problema é que não sabendo lidar com elas, caminhamos para o mundo do “se”.

Esse é o mais terrível dos mundos onde nossa mente pode estar. “Se tivesse...?”, “Se eu + um verbo no passado?” .... “Se nós + outro verbo no passado?” ... “Se ela.....?” O mundo do Se é paralisante, porque o tempo não volta, é fato. O que está feito está em algum lugar no universo, só podemos seguir em frente. Viver e fazer no presente, para equilibrar a nossa balança.

O pior é que esse “se” abre várias portas em nossas vidas, deixando entrar a depressão, a insatisfação, o derrotismo, o cansaço, a tortura mental... É uma longa fila de portas.

E abrindo essas portas ele fecha uma outra muito importante, onde podemos ver o tanto que fizemos. É preciso muita vigilância para não deixar isso acontecer.

Viver o agora de uma forma integral, sem culpas e cobranças, em sintonia com o universo que você é, pode ser uma forma sadia de evitar esse sentimento de impotência. Podemos não mudar o passado, mas viver plenamente o presente. Tente. Você terá tempo para perceber o que você realmente é, um ser em plena aprendizagem e crescimento nesse universo, fazendo muito mais do que pensa que faz.

Amei o livro por tratar-se de um alerta no sentido de que Sempre fazemos bem mais do que imaginamos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Descomplique-se - 1


Se alguém viesse me perguntar qual a melhor receita para manter uma boa Qualidade de Vida, eu diria: DESCOMPLIQUE-SE.
Como fazer isso? AH, ai é com você. Cada um sabe onde aperta o seu calo. Cada um tem dentro de si as respostas necessárias para essa pergunta. Sabemos muito bem o que complicamos, ou seja, onde rebuscamos mais nossa vida; o difícil é ser honesto na frente do espelho. São desculpas agregando-se em desculpas. Problemas respondendo o problema. Dificuldades valorizando a dificuldade. Desejos criando desejos. Supérfluos grudando-se ao necessário.

Rebuscamos nossa vida, como se isso a valoriza-se e de repente, nos dá um repente e percebemos que tem algo errado. Parece que a vida não flui, nem dentro e nem fora de nós. Muitos até desconhecem que existe um dentro de nós, além dos órgãos do corpo. Deve ser por isso, que são eles a nos dar os primeiros sinais de alarme.

São artérias entupindo, estomago se ferindo, o coração se partindo, os rins apedrejando, a memória apagando, os nervos revoltando, a coluna entortando, e apesar do saco cheio o que existe é um sentimento de vazio. Ai se procura mais e mais coisas para encher esse vazio. Um ciclo que parece só ter fim quando o corpo grita: “Chega. Me deixa em paz, eu não agüento mais”.

Descomplique-se antes que isso aconteça.

Veja o exemplo de uma superfície lisa e outra cheia de entalhamentos e rococós. Qual é mais fácil limpar? Em qual a água flui fácil e o paninho de pó passa sem dificuldades retirando a sujeira? Em qual é mais fácil ver nossa imagem sem distorção?

É difícil? Sei que estou tentando. Como disse o poeta Walter Franco:


Tudo é uma questão de manter
A mente quieta,
A espinha ereta,
E o coração tranqüilo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sobre "Adeus Mundo Velho, Feliz Mundo Novo"



Adeus Mundo Velho, Feliz Mundo Novo não é um livro de auto-ajuda, desses que dão as fórmulas para enfrentar melhor a vida atribulada desse mundo pós-moderno. Não, não é mesmo. Ele é mais profundo, porque vai além do que está escrito. Digo até que poderia ter o título “Construindo a Sabedoria”.

Estou exagerando? Mais uma vez digo que não, e explico.

Nesse mundo da informação sabemos de muitas coisas, mas conhecemos poucas e aplicamos menos ainda. O que aprendemos na prática é viver na superficialidade da vida. Sempre me pergunto: “do que adiantam tantas informações se não conseguimos transformá-las em conhecimentos? Se não conseguimos construir-nos através delas?”.

O Moysés, de um jeito simples e prático, coisa de jornalista que conhece o ofício da escrita, utilizou o velho recurso do exemplo para construir sua mensagem.

É ai que vejo a sabedoria em Adeus Mundo Velho, Feliz mundo Novo. Essa narrativa não teve por base apenas informações retiradas de livros e apostilas, mas sua principal fonte foram os personagens reais que passaram pelo caminho do autor; fonte de sua aprendizagem.

Essa construção não se deu de forma premeditada, mas através de sua vivência, observações e transformações que o levaram, de forma intensa, a procura de conhecimentos cada vez mais profundos. Isso em meu modo de ver é a construção da Sabedoria, do saber. Lembrando que a verdadeira transformação do Ser acontece na simplicidade da vida. É através das ocorrências diárias, que a Vida nos dá, que temos a oportunidade de conquistar a Sabedoria. A vida é nosso templo.

No livro ele cede um pouquinho dessa história, de sua busca, misturada com a de outros. Aprendizagem pura e genuína. Sei que esse caminho do Moysés é mais largo, muitas histórias ainda estão para serem contadas por ele. Agora, espero pelas outras.





Adeus Mundo Velho, Feliz Mundo Novo
Moysés Fernandes
Editora Aoipa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Declare-se VIVO


Pode parecer estranho alguém se declarar Vivo. Mas não é, se pensarmos que a Vida é muito mais do que simplesmente estar respirando.

A vida é algo ainda inimaginável para a quase totalidade dos Seres Humanos da superfície da Terra, limitados a tantas convenções, esquemas, matéria... A vida não é rotina e nem limitada. A vida é uma imensa fonte que jorra água cristalina de forma intensa. Como pode então, existir verdadeira vida na monotonia, na aspereza e crueldade do desamor e egoísmo? Como?

Não. Não estou dizendo que para viver a vida verdadeira temos que ficar jogando tudo para o alto, sermos inconstante, negligentes ou coisas do tipo. Quem faz isso, também está com medo da Vida.

A Vida é uma integração plena e consciência atuante, então, tem uma responsabilidade verdadeira com todos, porque a energia de amor que flui da Vida não é limitante; regenera, integra e movimenta o Ser em uma espiral ascendente.

Por isso me Declaro Viva. Quero deixar a Vida viver em mim.

Veja esse vídeo com o texto de Índio Quechua – Luis (Chamalú) Espinosa
Declaro-me Vivo

domingo, 9 de agosto de 2009

Sorria! Um ótimo remédio contra a baixa imunidade.

Agora é a vez da Gripe Suína, ou, A H1N1. O que tenho visto é um verdadeiro terrorismo em cima dessa questão.

Nos últimos anos tenho trabalhado com assuntos relacionados a Qualidade de Vida, ai fico pensando nessa Gripe e no estado de espírito que está sendo criado com o tipo de divulgação feita sobre ela.

Ela é séria, sobre isso não discuto, todos os cuidados devem ser tomados devido aos fatos que já sabemos e não vou ficar aqui repetindo.

Porém, também sei que um dos fatores que leva a baixar a imunidade do organismo é o estresse, o desânimo, o medo, a tristeza e a insegurança. Tudo isso é o que tenho visto se formando nos últimos dias com relação a essa gripe. Se juntarmos a isso o estado que nós brasileiros, naturalmente ficamos diante de um inverno chuvoso como esse, teremos um prato cheio para que nossa imunidade seja abalada.

Então, devemos sim, manter janelas abertas permitindo a ventilação em ambientes; lavar sempre as mãos e passar álcool gel, se o acharmos e pudermos comprar; bloquear a propagação dessas gotículas provenientes de espirros ou tosses, fazendo barreiras com lenços (de pano ou papel), no caso de estarmos gripados ou resfriados; manter a higiene adequada dos ambientes; evitar aglomerações etc. Ou seja, atos que deveriam fazer parte de nossa educação desde sempre.

Porém, devemos também, como fator de proteção, impedir o pânico, o estresse, o desânimo, o medo, a tristeza e a incerteza. Fatores que não são adquiridos através de vírus ou bactéria, mas que se nos contagiam, preparam uma caminha confortável para que essas e outras doenças se instalem.

Por isso, junto com a vitamina C tome um chá de ânimo e não de pânico. Assista bons filmes cômicos, programe um "chá" com alguns amigos e falem de coisas alegres e agradáveis, leia um livro legal que já está a um tempo esperando por você, brinque com crianças... Sei lá... São tantas coisas que podemos fazer! Cada um tem sua receita para esse chá. Ache a sua e não deixe esse terrorismo te pegar. Previna-se contra a gripe e contra a depressão. Proteja-se contra o baixo astral. Sorria.

Mesmo assim, se chegar a pegar a gripe, tenha certeza que seu organismo estará mais fortalecido e passará pelo teste, ficando imune a outro ataque.

Vou lembrar aqui umas palavras da Mãe, já falei sobre ela na postagem anterior. Ela diz assim:

“Aprende a sorrir sempre e em todas as circunstâncias; sorrir de tuas tristezas, bem como de tuas alegrias, de teus sofrimentos, bem como de tuas esperanças, porque no sorriso há um poder soberano de autodomínio”.
Aqui vai também um link que recomendo, o boletim de agosto do DoceLimão. Ele trás um vídeo muito interessante, “Operação Pandemia”; um slide explicativo sobre a gripe, um dos melhores que vi no meio de todos esses que circulam por ai; e outras informações úteis sobre a tal suina. AH! Depois dê uma olhada no site do Doce limão, têm muita coisa legal sobre saúde.

Por fim, abaixo tem um vídeo que mostra como o riso pode ser contagiante. Esse é um bom contágio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lembrando A Mãe (Mira Alfassa) - Paz, paz sobre a terra


Um dia fui apresentada à Mãe, Mira Alfassa, através de suas obras e nunca mais a deixei.

Viveu por 95 anos, de 1878 à 1973. Deu continuidade ao trabalho de Sri Aurobindo, em Pondicherry, Índia.

Ela nunca acreditou no Deus convencional das religiões ; o Deus interno era o que ela procurava.


Em seus últimos anos , vivenciou e descreveu processos de transformação do corpo físico, descobrindo e experienciando a Consciência Celular e sua abertura e permeação pela consciência mais alta, assim desbravando um caminho para a supramentalização integral do ser .

Toda sua obra é atual, no livros preces e orações encontros trechos que parecem terem sido escrito para hoje.

Não diria que A Mãe estava além do seu tempo, ela vivia o tempo, nós é que ainda não escontramos essa sintonia com o eterno.

Como ela disse: 

"Eu não pertenço à nação alguma, à civilização alguma, à sociedade alguma, à raça alguma, mas ao Divino.

Eu não obedeço à Mestre algum, à soberano algum, à lei alguma, à convenção social alguma, mas ao Divino.

A Ele eu entreguei tudo, a vontade, a vida, o eu; para Ele estou pronta a dar todo o meu sangue, gota por gota, se essa for Sua vontade, com uma alegria total; e a Seu serviço nada poderia ser um sacrifício, pois tudo é perfeita felicidade".
 
Deixo uma de suas orações e o vídeo que fiz com ela.


Paz, paz sobre a terra...

Não a paz de um inconsciente ou de uma inércia auto-satisfeita; não a paz de uma ignorância que não se reconhece e de uma indiferença obscura e pesada; mas a paz da força todo poderosa, paz de uma comunhão perfeita, a paz do despertar integral, do desaparecimento de todo limite e de toda sombra...

Por que se atormentar e sofrer, por que esta luta áspera e esta revolta dolorosa, por que esta violência vã; por que este sono inconsciente e pesado? Despertem sem temor, apazigúem seus conflitos, imponham silêncio a suas disputas, abram seus olhos, seus corações; a Força está aí; ela está aí divinamente pura, luminosa, possante; ela está aí como um amor sem limite, como um poder soberano, como uma realidade sem discussão; como uma paz sem mistura, como uma beatitude sem interrupção, como a Bênção Suprema; ela é a própria existência, as felicidades sem limites do conhecimento infinito... e ela é alguma coisa a mais que ainda não pode ser dita mas que já está agindo nos mundos superiores além do pensamento, como o poder de transfiguração soberana, e também nas profundezas da matéria como a Irresistível Força de Cura.

Escuta, escuta, ó tu que queres saber.

Olha, tu que queres ver, contempla e vive:


A Força está aí.


(A Mãe, Preces e Meditações, p.236)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poemas em mim - Fractais


Fractais

O tempo passa partido,
e dígitos rompem estruturas analógicas
deixando tudo mais fragmentado.
Menos visível!

Só que ainda preciso de minutos inteiros...
...Não. Menos que isso,
Instantes totais,
onde possa escutar o som
que brota dentro de meu ser
e teimosamente se recusa
a partir para o passado
ou surgir em algum amanhã.

Em que possa ver os fractais
desse caleidoscópio se unindo,
resgatando a certeza de que tudo é um.
Imagens perdidas na confusão
da velocidade com que se formam
E me transformam.

Um instante inteiro, puro
Em que não passe apenas pela vida,
mas sinta a vida que passa em mim.

Ano, 96. Hoje essa sensação está muito forte, por isso vou deixá-lo aqui.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do carvalho ao bambu


Esses dias, conversando com um amigo lembrei-me do Poema de Hemann Hesse “Carvalho Podado” e fiquei de enviar-lhe por e-mail, porém, resolvi postar aqui, compartilhando uma reflexão.

O poema

Como te cortaram, ó árvore,
Como estás estranha e singular!
Quantas mil vezes sofreste,
Até ficares só teimosia e vontade!
Sou como tu, não me aniquila
A vida podada e torturada,
E diariamente do barbarismo sofrido
Meu rosto se banha na luz,
O que em mim era doce e terno
Morreu no escárnio do mundo,
Mas indestrutível é o meu ser,
Estou contente, reconciliado,
Pacientemente produzo novas folhas
Em galhos cem vezes lascados,
E desafiando toda dor, continuo
Apaixonado por esse mundo louco.


Depois que o li pela primeira vez, ficou como um exemplo para minha vida e me remetia a ele quando a dor era muita.

Nessa conversa, com esse amigo, ele fez uma observação sobre o bambu, como um melhor exemplo do reino vegetal, comparando as atitudes a serem tomadas pelos Seres Humanos.

Hoje, reli os dois, o poema e as sete verdades do bambu e voei alto, como acontece quando algo me toca profundamente.

Lembrei-me de pessoas, incluindo eu, e visualizei as transformações que passamos no decorrer desse tempo, tendo por base esses dois exemplos.

A maioria é ou era como o carvalho, em várias fases de aprendizagem. Alguns que apenas se quebravam, ou quando eram podados, demoravam em se recompor. Muitos, sem forças, morreram para a vida e outros que literalmente se foram. Têm aqueles, que apesar da demora, foram aprendendo a renascer, reconciliando-se, entendendo os ciclos, desafiando a dor e repetindo os ciclos... repetindo... repetindo... e ainda repetem.

Alguns, que nessa repetição foram permeados pela paixão por esse mundo louco... E só ai, depois que essa paixão virou amor é que aconteceu para outros a transmutação. Deixaram o aprendizado do carvalho e começaram o do bambu.

Tentei lembrar de pessoas que em sua trajetória não tivesse sido carvalho, e foram muito poucas. Essas que consegui colocar nessa categoria foram as mais simples, sem grandes ambições.

É!!! Viajei, mas o espaço aqui é curto e acho que ainda teria muito o que comparar, mas fico na certeza que na vida temos duas escolhas, podemos fazer o caminho longo ou o caminho breve. Seria bom se pudéssemos ir logo para a lição do bambu, porém, é difícil deixar de ser frondoso e imponente. Ao menos nos resta o fato que tudo faz parte de uma evolução que é eterna. Uma boa desculpa.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Uauu.... se chover mais vou criar escamas.


Até gosto de uma chuvinha, no calor ajuda a refrescar, no frio dá vontade de ficar encolhida dentro de um cobertor quente vendo um filme, pena que não é sempre que podemos fazer isso.

Olho lá fora para as minhas plantas e elas brilham com as gotículas em suas folhas, parecem até sorrir. Mas quando demora tantos dias, nem sapo aguenta. Faço alguns exercícios mentais para achar outros lados positivos de tanta chuva, lembro do racionamento, penso que enchem os reservatórios de água ou... Ou... Hum...Tá difícil achar outros bons motivos para mais de uma semana, é preciso muito exercício mental, se tentar mais vai dar câimbra.

Fiquem certos que não sou eu e vocês que estão esperando o sol. Olho para minhas roupas, tadinhas, todas ali esprimidinhas, esperando por ele. Coisas de dona de casa? Não. Tenho várias amiguinhas que estão assim também. As roupas que ousei lavar vai para o tanque de novo, cheirinho de cachorro molhado... Aquele que fica na roupa quando não seca. Mas com tanta chuva quem sabe logo criaremos escamas, ai não precisaremos de roupa.

Bem, quem também espera pelo Sol são os buracos de nossas ruas. Sim, elas estão cheias deles que viram lagos nessas épocas e se tornam a brincadeira favorita de motoristas engraçadinhos.

Ontem mesmo fui alvo de dois banhos dos espirros suculentos desses buracos. Acho que sou um bom alvo! argh!!! O primeiro me pegou desprevenida. No segundo, mais ligada, percebi o buraco e a rua estava com pouco movimento. Vi um carro aproximando-se e eu já estava perto do tal buraco, a calçada estreita... Medi a velocidade e distância do carro e minha, daria tempo suficiente, se ele não acelerasse e splashh!!! Cheguei mais molhada em casa e pior, cheia de lama. Mais roupa para o cesto a esperar o sol.

AH! Se vocês viram dois carros com pneus furados, um pelo Gonzaga e outro na Zona Noroeste, tenham certeza que foram eles. Mirei meus olhos bem nesses pneus.

Voltando para a chuva, ela não tem culpa, tudo tem seu ciclo e nesse meu exercício digo apenas que sou Grata por ela.

E percebi outra coisa, quanto mais chuva mais longe vai minhas lembranças ... olha só o vídeo que achei. Kakkaka. O Topo Gigio, o ratinho latino que desbancou o Mickey durante um período de minha infância, cantando Chove Chuva.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Deixem a luz do Sol entrar


Nessa primeira postagem resolvi deixar um texto que escrevi no início do ano, dia 14 de fevereiro. O motivo era a conjunção entre júpiter e marte em um dia que a lua estaria na sétima casa. Muitos diziam que era o início da Era de Aquário. Mas sei que já estamos nela há tempo.

Vamos ao texto que representa um dos motivos para iniciar esse meu Blog.

Quando assisti Hair pela primeira vez, vi como em um espelho os signos de um novo tempo.... Alguns estavam em mim e por eles já lutava. Era o início da década de 80 e desde aquele dia tornou-se meu filme favorito.

Ontem o revendo e dessa vez por conta do dia 14, percebi o quanto é atual. A profundidade das letras ultrapassa o tempo e espaço.

Desde o início dos anos 60, quando teve um alinhamento parecido,



"Quando a Lua estiver na sétima casa,
 e Júpiter se alinhar com Marte, 
então, a Paz irá guiar os planetas
e o Amor varrerá as estrelas" ,  

vemos estruturas rachando e outras caindo...

Questionamentos sobre a humanidade e nossa sociedade que consome a si mesma ampliando-se e de uma forma nova, por mais e mais pessoas. A busca pelo mundo interior ganhando força, não importa qual a forma que o procurem, cada qual no nível que consegue alcançar: por uma religião, filosofia ou até a neurociência (que é bem aquariana). Mesmo que durante esse mesmo período tenhamos convivido com sua contrapartida: a cultura narcisista.

A natureza, esgotada de tanta exploração, ampliou os seus recados para nos lembrar “esse planeta não é só seu”.

 Comunhão entre os homens, dos homens com os elementos e reinos é o que precisamos com urgência, pois, como diz em Let The Sunshine  
"A vida está ao nosso redor e Dentro de nós"... 
Como é atual... E diz também:

“Nós esfomeados olhamos para o outro que não pode respirar. 
Andamos orgulhosos com nossos casacos com cheiros de laboratórios; 
vendo uma nação morrer, feita de fantasia; 
ouvindo as últimas mentiras cantadas com supremas visões de músicas solitárias. 
Em algum lugar dentro de nós há um desejo de grandeza. 
Quem sabe o que nos espera em frente a nossas vidas....
Deixem a luz do sol entrar ... Deixem a luz do sol entrar...."


Deixemos a luz brilhar em suas vidas!


Ainda hoje me emociono quando ela inicia junto com a marcha de Berger para dentro do avião, que o levará para a morte no lugar do amigo. E quando ele canta:

“Eu acredito em Deus.
E eu acredito que Deus acredita em Claude. 
Aquele sou eu. Aquele sou eu. 
O resto é silêncio” 

Ele quer dizer: Claude sou eu. Somos um.
Vendo ali a cena, despertou nos meus 20 anos vários sentidos e questionamentos e um deles foi sobre Amizade.... Amizade que é amor e Amor que é a energia que agrega e nos transformam em um.

Se somos um, unidos assim, não traímos, não maltratamos e nos transformamos juntos. O mal, o desprezo por um semelhante será a nós. Não acredito que exista indiferença, essa é mais uma ilusão de nossa mente. A indiferença ao que acontece com o outro já é um sentimento, um ato.
Somos sim, todos um.

Bem, falaria de Hair por muitas e muitas linhas. Mas escrevi para dar início ao meu blog porque nas conversas que tenho com a Vida, nos puxões de orelha que ela me dá, sempre começa lembrando que tudo é simples, basta deixar o brilho, a luz do sol entrar em nossas vidas. Ela existe e está em nós..  

Brilhem .... 
Expandam seu brilho... 
E teremos mais uma estrela no universo. 
Uma estrela de nome Terra.



Abaixo o vídeo de Let The sunshine em Hair - 
não consegui encontrar com legenda em português.