Páginas

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fé - Nada te turbes


Se há algo que ninguém tira é minha fé. A certeza de que há uma ordem maior regendo a aparente desordem em meus corpos e no mundo.

Como tenho uma mente muito tagarela e questionadora, me perguntava de onde vinha essa fé.

Está certo que fui daquelas crianças, que aprendeu a se ajoelhar ao lado da cama e rezar antes de dormir, pedindo proteção ao anjo da guarda. Só que fazia isso como um ritual sagrado e não como uma obrigação imposta por minha mãe. Essa rotina cresceu comigo, posso não continuar me ajoelhando, mas não durmo antes de falar com meu anjo e outras consciências que nos guardam.

Foram tantas as aventuras e desventuras vividas em criança, onde recorria ao anjo da guarda e a Nossa Senhora, minha mãezinha do céu, que essa prática deve ter se incorporado às minhas células. rs.

O fato é que mais tarde, mesmo em meus momentos mais materialistas me apegava a essa fé na certeza que estava vivendo algo não para mim, mas para um propósito maior. Assim, na fé, sentia-me sempre protegida e o medo de enfrentar certas situações desaparecia.

Uma vez, ainda nos meus vinte aninhos, em um círculo de amigos fizemos aquela brincadeira do que cada um queria e não queria do outro. A qualidade e o defeito. A maioria se referiu a minha coragem como a qualidade e meu defeito, a teimosia. rs.

Mal sabiam eles de onde vinha essa coragem, se soubessem iriam vir contestar e um grande debate se faria. Então, me calava e apenas deixava a fé se fazer em mim. Tem certas coisas que não se deve falar, porque a energia se esvai. Acho que foi por ai, dentro dessa percepção, que fui aprendendo sobre a força do silêncio.

Como a vida é rica! Ela conversa o tempo todo conosco, pacientemente... Haja paciência! Hoje, sei que essa fé não veio de algum lugar, ela já estava.

Com o tempo a vida foi me dando outras formas de falar com esse mundo interno. Um dia me deu uma oração de Tereza D’Ávila, que foi um leme em muitas situações fortes que vivi, e ainda é uma espécie de mantra que me acompanha e ajuda a enfrentar essa “desordem” do mundo externo.

Nada te turbe


Nada te perturbe,
Nada te espante,
Tudo passa,
Só Deus não muda.
A paciência
Tudo alcança.
Quem tem a Deus,
Nada lhe falta.
Só Deus basta.
Tereza de Àvila (1515-1582)

 
Tem várias versões musicadas dessa oração. Faz um tempinho, recebi uma mensagem com ela cantada pelo Coral de Taizé. Belíssima. Fiz umas modificações na apresentação, pois tinha um salmo escrito, ficando muita informação. Vejam abaixo como ficou. Vale a pena. Sintonize-se e Respire....

Um comentário:

  1. Márcia10:39:00

    Oi Sandra, ficou lindo! Parabéns!

    Essa oração-canção tbm é meu norte em momentos delicados.

    Bjs

    ResponderExcluir