Esses dias, conversando com um amigo lembrei-me do Poema de Hemann Hesse “Carvalho Podado” e fiquei de enviar-lhe por e-mail, porém, resolvi postar aqui, compartilhando uma reflexão.
O poema
Como te cortaram, ó árvore,
Como estás estranha e singular!
Quantas mil vezes sofreste,
Até ficares só teimosia e vontade!
Sou como tu, não me aniquila
A vida podada e torturada,
E diariamente do barbarismo sofrido
Meu rosto se banha na luz,
O que em mim era doce e terno
Morreu no escárnio do mundo,
Mas indestrutível é o meu ser,
Estou contente, reconciliado,
Pacientemente produzo novas folhas
Em galhos cem vezes lascados,
E desafiando toda dor, continuo
Apaixonado por esse mundo louco.
Depois que o li pela primeira vez, ficou como um exemplo para minha vida e me remetia a ele quando a dor era muita.
Nessa conversa, com esse amigo, ele fez uma observação sobre o bambu, como um melhor exemplo do reino vegetal, comparando as atitudes a serem tomadas pelos Seres Humanos.
Hoje, reli os dois, o poema e as sete verdades do bambu e voei alto, como acontece quando algo me toca profundamente.
Lembrei-me de pessoas, incluindo eu, e visualizei as transformações que passamos no decorrer desse tempo, tendo por base esses dois exemplos.
A maioria é ou era como o carvalho, em várias fases de aprendizagem. Alguns que apenas se quebravam, ou quando eram podados, demoravam em se recompor. Muitos, sem forças, morreram para a vida e outros que literalmente se foram. Têm aqueles, que apesar da demora, foram aprendendo a renascer, reconciliando-se, entendendo os ciclos, desafiando a dor e repetindo os ciclos... repetindo... repetindo... e ainda repetem.
Alguns, que nessa repetição foram permeados pela paixão por esse mundo louco... E só ai, depois que essa paixão virou amor é que aconteceu para outros a transmutação. Deixaram o aprendizado do carvalho e começaram o do bambu.
Tentei lembrar de pessoas que em sua trajetória não tivesse sido carvalho, e foram muito poucas. Essas que consegui colocar nessa categoria foram as mais simples, sem grandes ambições.
É!!! Viajei, mas o espaço aqui é curto e acho que ainda teria muito o que comparar, mas fico na certeza que na vida temos duas escolhas, podemos fazer o caminho longo ou o caminho breve. Seria bom se pudéssemos ir logo para a lição do bambu, porém, é difícil deixar de ser frondoso e imponente. Ao menos nos resta o fato que tudo faz parte de uma evolução que é eterna. Uma boa desculpa.
O poema
Como te cortaram, ó árvore,
Como estás estranha e singular!
Quantas mil vezes sofreste,
Até ficares só teimosia e vontade!
Sou como tu, não me aniquila
A vida podada e torturada,
E diariamente do barbarismo sofrido
Meu rosto se banha na luz,
O que em mim era doce e terno
Morreu no escárnio do mundo,
Mas indestrutível é o meu ser,
Estou contente, reconciliado,
Pacientemente produzo novas folhas
Em galhos cem vezes lascados,
E desafiando toda dor, continuo
Apaixonado por esse mundo louco.
Depois que o li pela primeira vez, ficou como um exemplo para minha vida e me remetia a ele quando a dor era muita.
Nessa conversa, com esse amigo, ele fez uma observação sobre o bambu, como um melhor exemplo do reino vegetal, comparando as atitudes a serem tomadas pelos Seres Humanos.
Hoje, reli os dois, o poema e as sete verdades do bambu e voei alto, como acontece quando algo me toca profundamente.
Lembrei-me de pessoas, incluindo eu, e visualizei as transformações que passamos no decorrer desse tempo, tendo por base esses dois exemplos.
A maioria é ou era como o carvalho, em várias fases de aprendizagem. Alguns que apenas se quebravam, ou quando eram podados, demoravam em se recompor. Muitos, sem forças, morreram para a vida e outros que literalmente se foram. Têm aqueles, que apesar da demora, foram aprendendo a renascer, reconciliando-se, entendendo os ciclos, desafiando a dor e repetindo os ciclos... repetindo... repetindo... e ainda repetem.
Alguns, que nessa repetição foram permeados pela paixão por esse mundo louco... E só ai, depois que essa paixão virou amor é que aconteceu para outros a transmutação. Deixaram o aprendizado do carvalho e começaram o do bambu.
Tentei lembrar de pessoas que em sua trajetória não tivesse sido carvalho, e foram muito poucas. Essas que consegui colocar nessa categoria foram as mais simples, sem grandes ambições.
É!!! Viajei, mas o espaço aqui é curto e acho que ainda teria muito o que comparar, mas fico na certeza que na vida temos duas escolhas, podemos fazer o caminho longo ou o caminho breve. Seria bom se pudéssemos ir logo para a lição do bambu, porém, é difícil deixar de ser frondoso e imponente. Ao menos nos resta o fato que tudo faz parte de uma evolução que é eterna. Uma boa desculpa.
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